Agora, se você como eu, acredita em estado mínimo, e quer menos impostos, mais eficiência e portanto mais coisas na mão da iniciativa privada e menos na mão da iniciativa pública... vota em quem? Cade a direita? No Brasil, devido ao regime militar (que não acreditava nos princípios do estado mínimo e portanto também era de esquerda, só não era comunista) ninguém diz que é direita. Um saco!
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2 comentários:
Carlão, sua definição de esquerda está meio torta. Até porque, esquerda e direita são conceitos históricos. Na época da ditadura, aquilo era direita. Se hoje o desenvolvimentismo virou bandeira de esquerda, é outra história.
Mas eu concordo que não há partidos assumidamente liberais no Brasil. Eles até existem, mas não se assumem por medo de perder votos. O próprio DEM (que surgiu de uma dissidência da Arena) tirou o liberal do nome.
Na verdade, todos se apresentam como se fossem de centro.
Aliás, acho que a estratégia de não defender as privatizações e o governo FHC só enfraquece a oposição. Estes temas podem não ser populares agora, mas a política sempre tem movimentos pendulares. Quando o desenvolvimentismo sair de moda, a atual oposição pode não estar bem posicionada para assumir a fatura.
Acho que se o Serra (que em 2002 era governo e utilizou o slogan "mudança" e agora utiliza o curioso "o Brasil pode mais") fosse mais honesto com o legado do FHC a oposição estaria em situação muito melhor. Não ia ganhar a eleição, porque o Lula é muito popular, mas ia marcar posição e sair mais forte.
O Alckimin também errou em 2006, quando tirou aquela foto ridícula, usando uma roupa com uns trezentos símbolos de estatais (correio, petrobrás, BB etc). Quer enganar a quem? Tem que assumir as privatizações do FHC e dizer que acha que foi bom para o Brasil.
Se a oposição nega a diferença ideológica, o que sobra é esta tática UDNista (que no episódio do sigilo da filha do Serra está resvalando para crime de calúnia) de brigar por valores morais.
Carlão, sobre o tema do seu post, segue um texto do blog do Alon:
Orfandade comunicacional (08/09)
Por que um bom pedaço da população fica “excluída” quando os candidatos ou seus programas dão sinal de vida nas ondas do rádio ou nas telas de tevê?
Se o sujeito descer aqui num disco voador vindo, sei lá, de Marte concluirá que no Brasil só há pobres, ou só gente que precisa desesperadamente do governo para resolver os próprios problemas. É a conclusão de alguém cuja única fonte de informação são os programas dos candidatos nos intervalos regulamentares no rádio e na televisão destinados às campanhas eleitorais.
Eleição é varejo, e o eleitor está atrás de soluções para sua vida. Eu mesmo já escrevi aqui sobre o tema, defendendo esse ponto de vista. Dito isso, é o caso de perguntar: será que não há na campanha presidencial brasileira interesse por debater assuntos que não digam exclusivamente respeito às necessidades fundamentais das camadas mais pobres?
Qualquer estatística comprovará que a mudança no perfil de renda do brasileiro e da brasileira foi radical nas últimas duas décadas. Tudo bem que tucanos e petistas debatam interminavelmente sobre quem contribuiu mais, talvez na casa do zero vírgula qualquer coisa. Mas um detalhe é consensual: independentemente da paternidade, o Brasil é hoje um país com ampla classe média.
Quem fala para esse novo país? Até agora ninguém. Os candidatos empenham-se na comunicação “do que eu vou fazer por você se eu chegar lá”, mas falta alguém para informar que medidas vai adotar para o novo emergente, inclusive e principalmente o beneficiário da recente aceleração da mobilidade social, para que ele possa cuidar melhor da vida.
Um exemplo é a discussão sobre os juros. Os candidatos não querem melindrar os bancos, está certo. Mas será que é só isso? Qual o motivo para nenhum dos principais postulantes sequer pensar em atacar duramente na tevê o juro de 10% ao mês no cheque especial, quando a inflação anual ronda os 5%?
Claro, esse é um problema para quem tem cheque especial e usa, uma turma que certamente não é a maioria. Mas será pouca gente?
Um argumento é que os materiais para tevê e rádio devem ser pensados conforme o perfil do público que se informa principalmente por esses dois meios. Não cola. Nos demais canais não há variações significativas. Além da tevê e do rádio, há os jornais, as revistas e, principalmente, a internet. Nem por isso os candidatos aproveitam para conversar com outros que não os pobres estilizados das qualis.
Naturalmente, os marqueteiros devem estar certos e eu errado. O que mais há em campanha eleitoral é gente, especialmente jornalistas, disposta a dizer o que os marqueteiros devem fazer ou deixar de fazer. Parece-me um tanto pretensioso, se se considerar que para produzir os programas de rádio e tevê os candidatos contratam marqueteiros, e não jornalistas.
Mas confesso que tenho essa curiosidade. Por que um bom pedaço da população fica “excluída” quando os candidatos ou seus programas dão sinal de vida nas ondas do rádio ou nas telas de tevê?
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