02 abril 2010

Freakonomics - Idéias Centrais

Freakonomics – O lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta


O livro Freakonomics fala sobre economia, mas sem índices de inflação ou taxa de juros, ele aborda cenários, desde a arte de ser pai, do impacto da legalização do aborto à discriminação racial. Ele abre levemente a superfície da vida moderna e revela o que acontece por debaixo dela, buscando cenários e examinando-os através de dados de uma maneira que pouco se fez. Sendo assim a meta do livro é explorar o lado oculto de tudo que nos afeta.


1. O que os professores e os lutadores de sumô tem em comum?

O tema central deste capítulo é sobre trapaça, fazendo um paralelo como o ser humano aprende a reagir sobre incentivos, que é o significado da economia. Os incentivos não passam de meios para estimular as pessoas a fazer mais coisas boas e menos coisas ruins, mas eles não surgem espontaneamente, alguém tem que criá-lo. Este é elo entre os professores e os lutadores de sumo. Após uma definição o governo federal tornou obrigatório os provões, oferecendo incentivos através das notas dos alunos onde as escolas podem perder subsídios federais e até os professores serem demitidos e pelo outro lado os professores podem ser promovidos ou mesmo serem recompensados financeiramente. E este foi o meio que os professores encontraram para trapacear, pois começaram através de diversos meios a fraudar os provões para obter os incentivos. E o mesmo aconteceu com os sumôs, que além de um esporte nacional é um depositório de sentimento religioso,militar e histórico do país. O esquema de incentivos que o governo mantém é que o lutador que detém uma posição no ranking, tem todas as mordomias possíveis, como dinheiro, pessoas que o atendem, volume de comida que ingerem ,etc. Devido a isso essa posição é sempre muito cobiçada entre os sumos, fazendo que nas disputas alguns sumos que já tem um certa posição entreguem o jogo aos outros que pretendem entrar. Analisando estes dois perfis,fica subentendido que as pessoas são corruptas, quando alguém não está olhando o que ela faz.


2. Em que a Ku Klux Klan se parece com um grupo de corretores de imóveis?

Os corretores hoje detêm total informação quanto ao seu mercado e isso nos torna extremamente dependente da sua atuação. Pois somente eles conseguem nos munir de dados que precisamos para comprar ou então vender os nosso imóveis e com isso exercem uma pressão muito grande e os seus clientes sem a posse das informações necessárias acabam ficando em suas mãos e aceitando qualquer negócio. E como a Ku Klux Klan entra neste contexto? A Ku Klux Klan surgiu como uma seita de segregação racial contra negros, e logo após contra judeus. Durante todo o período que essa seita esteve ativa ela arrebanhou vários seguidores que pagavam taxas para se manterem nessa organização. Mas houve um jornalista que sempre foi contra preconceitos e quis combater essa seita. Ele entrou nela como espião e conseguiu diversas informações para que conseguisse combatê-la e o que mais o intrigava era porque eles mantinham associados sendo que não trabalhavam mais em prol das suas convicções. Foi então que ele descobriu que os membros não estavam lá por ideologia e sim por ter algum lugar para ficar longe de casa e maioria destes membros eram pessoas sem instrução e eram enganadas com muita facilidade. Foi então que o jornalista utilizou destas informações como munição para zombarias e logo a Klan perdeu força e começou a afundar. Tudo isso aconteceu pois ele percebeu o poder da informação em si. A Ku Klux Klan foi um grupo cujo poder - à semelhança daquele dos políticos e dos corretores de imóveis - em grande parte resultava da sonegação de informações. Uma vez nas mãos erradas (ou, dependendo do ponto de vista, nas mãos certas), boa parcela da superioridade do grupo vira pó.



3. Por que os traficantes continuam morando com as mães?

Um estudioso, Ph.D em sociologia estava interessado em entender como os jovens constroem suas identidades, para tal ele foi a campo fazer entrevistas em bairros pobres de negros em Chicago. Entre suas entrevistas ele conheceu traficantes de crack e lá passou a 6 anos vivendo entre eles. E com esta convivência acabou recebendo um livro com todas a contabilidade desta gangue de lá , ele pode tirar diversas informações que responde a pergunta do capítulo: se os traficantes ganham tanto dinheiro, por que ainda moram com as mães? É que a exceção dos carrões, eles não ganham muito e não lhes resta alternativa senão morar com as mães. Para cada abastado, há centenas de outros que ganham muito mal.Os 120 chefões da gangue não representam 2,2% do total de membros, mas embolsavam bem mais que a metade dos lucros. Portanto é preciso estar bem próximo ao topo para se ganhar um bom salário.


4. Onde foram parar todos os criminosos?

Quando o índice de criminalidade começou a cair no início dos anos 90, essa queda foi tão rápida e repentina que surpreendeu todo mundo. Alguns especialistas precisaram de vários anos para sequer reconhecer que a criminalidade estava diminuindo, tão confiante-mente apostavam em seu contínuo crescimento. Com efeito, muito tempo depois de ela atingir o ápice, alguns deles continuavam prevendo cenários cada vez mais sombrios. Mas as provas levaram uma série de especialistas a apresentar hipóteses para explicar a queda na criminalidade. Muitas destas teses apresentadas não explicavam a efetiva queda da criminalidade. E levantando vários dados os autores chegaram a conclusão que a queda de fato tinha relação com a legalização do aborto nos anos 60. E estudos mostraram que uma criança nascida em um ambiente familiar adverso tem muito mais probabilidade que outras de ser tornar um bandido. E os milhões de mulheres com mais probabilidade de fazer aborto, isto é, pobres, solteiras e adolescentes, cujos filhos, se nascidos, teriam mais probabilidade do que outras crianças de ser tornarem criminosos. E devido a legalização do aborto, esse processo viria a produzir um efeito drástico no futuro distante: anos mais tarde, justamente quando essas crianças não nascidas atingiriam a idade do crime, o índice de criminalidade começou a despencar.Não foi o controle sobre as armas nem uma economia em crescimento ou as novas estratégias políticas o que finalmente reverteu a onda americana de criminalidade, mas, entre outros, o fato de o número de criminosos potenciais ter minguado drasticamente.

5. O que faz um pai ser perfeito?

Este capítulo traz algumas reflexões sobre qual a importância dos pais na criação dos filhos. Maus pais com certeza fazem uma enorme diferença, pois os filhos estão sujeitos a negligência e ao abuso e têm um futuro pior que os filhos cuidados ansiosamente pelos pais. E um monte de livros em casa determina um bom desempenho na escola? Estudos comprovam que sim, mas as notas altas são influenciadas por outros fatores, como boas escolas e a influência dos amigos. E o sucesso do filho também está relacionado ao sucesso na carreira dos pais, estudos também mostraram que pais bem sucedidos têm muitas chances de ter filhos bem sucedidos.



6. Pais perfeitos, parte II; ou uma Roshanda seria tão doce se tivesse outro nome?

Será que o nome tem influência no sucesso da criança, o autor diz que sim. E esta afirmação se deve a análise de um banco de dados da Califórnia, onde houve o cruzamento do nome das crianças nascidas, com a raça, cor, estado civil dos pais e o código postal (que indica o status sócio econômico e a composição racial de um bairro) e confirmaram que há uma diversidade muito grande na escolha de nomes por parte de brancos e negros, pais negros dão a seus filhos nomes totalmente diversos das crianças brancas e vice-versa. Mas esse fenômeno é recente, pois teve inicio nos anos 70 com o movimento Black Power e também devido a segregação cultural existente nos EUA, pois os pais tem receio de colocar algum nome que seja predominantemente branco e ser discriminado na sua própria comunidade. Outro assunto abordado é o peso do nome em uma seleção para entrevistas, o selecionador presume um histórico do candidato devido ao seu nome.

Resumo feito por uma aluna minha, Renata, muito esclarecedor.