21 junho 2008

Por que estamos aqui?

Há essa necessidade de imaginar que o Universo quer algo de nós. Estamos constantemente em busca de um objetivo para nossas vidas, mas eu acredito que os personagens de Solaris traduzem nosso dilema.

Chris Kelvin: What does Solaris want from us? (O que soláris quer de nós?)
Gibarian: Why do you think it has to want something? This is why you have to leave. If you keep thinking there's a solution, you'll die here. (Por que você acha que Ele quer alguma coisa? Essa é a razão por que você precisa ir embora. Se continuar pensando que há uma solução, você vai morrer aqui.)

Os cientistas (e os acadêmicos), acreditam que estão em buscas da resposta para "entender" o universo, o sentido da vida. Entretanto, a cada página que acrescento ao meu mestrado, mais penso que a resposta está em mudar a pergunta. O dialogo prossegue assim:

Chris Kelvin: I can't leave her. I'll figure it out. (Eu não posso ir embora daqui. Eu vou descobrir a resposta)
Gibarian: Do you understand what I'm trying to tell you? There are no answers, only choices. (Você entendeu o que estou tentando te dizer? Não há respostas, só escolhas)

19 junho 2008

Sobre cães e letras.

Essa semana, numa aula teste, um professor de português, puxa um texto do Cony sobre os cachorros. O texto era interessante, e discutia o dia que o veterinario foi a sua casa, e recomendou um tapete para o parto da cadela. O professor tinha certeza que havia ali uma interpretação política, já que editoriais não podem tratar de assuntos cotidianos como o nascimento de cachorros. Eu por outro lado havia vivido a emoção de ler o editorial do Cony, de 4 de Junho de 1995, falando de sua cadela Mila. Contei a ele que o autor inaugurou uma nova fase jornalística, ao contar da morte de sua cadela, porque para ele aquilo era a coisa mais importante do mundo.

Busquei a Net atrás do texto. Não achei no google... que se preocupa apenas com os blogs.. mas estava lá, no arquivo da folha. Então trouxe para vocês entenderem:

Autor: CARLOS HEITOR CONY
Editoria: OPINIÃO
Página: 1-2
Edição: Nacional JUN 4, 1995
Seção: RIO DE JANEIRO

Mila


Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?Amá-la _foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E passeávamos pela Lagoa, com a idade ela adquiriu ``fumos fidalgos", como o Dom Casmurro, de Machado de Assis. Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por súditos imaginários.No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.

18 junho 2008

Questao da ANPAD - Prova da Logica - FEV 2007

Esse é um belo problema.
3. Godofredo, que deseja adquirir um carro cujo preço de fábrica é p, recebeu duas propostas de concessionárias distintas. A concessionária A propôs um desconto de 10% sobre o preço de fábrica subtraído de R$ 2 000,00. Já a concessionária B ofereceu um desconto de 10% sobre preço de fábrica, seguido de uma redução de R$ 2 000,00 sobre o preço resultante. Pode-se concluir, então, que

A) a diferença entre o preço da concessionária A e o da concessionária B é de R$ 2.500,00
B) a diferença entre o preço da concessionária A e o da concessionária B é de R$ 2.200,00
C) a diferença entre o preço da concessionária B e o da concessionária A é de R$ 2.400,00
D) a diferença entre o preço da concessionária B e o da concessionária A é de R$ 2.300,00
E) os preços das concessionárias A e B são iguais.

Resolvendo temos:
As propostas são distintas. A concessionária A ofereceu o seguinte:
Desconto de A = (p – 2000). 0,1 = dA portanto ofereceu como desconto 0,1p - 200
A concessionária B ofereceu o seguinte:
Desconto de B = p.0,1 + 2000 = dB,
Assim, a diferença entre os descontos foi de
0,1p + 2000 – (0,1p -200) = 2.200,00 reais.
Resposta B.

Resolução do professor Carlos Lavieri
Curso ANPAD

Aprendiz 5

Não resisti a imaginar o desafio do Aprendiz 5 (desqualificar o Walter e depois o Justus). Acho que o mais legal é imaginar como eles fariam isso, um sobre o outro:

Walter Longo desqualificando o Justus: "Na floresta há muitos pássaros. Os que cantam maravilhosamente bem e os que apenas agradam, mas lembre-se os sapos também acham que sabem cantar..."

Justus desqualificando o Walter Longo:"Suas metáforas são horríveis. Figura de linguaguem é esse seu sobrenome. Ô hipérbole."

17 junho 2008

Gás Hilariante.

Consta que foram os dentistas que utilizaram o gás do riso (óxido nitroso) como anestesia pela primeira vez. Conquistaram assim uma cliente maior, mais feliz, e mais banguela. Pois é... e minha dentista bem que podia me arrumar um pouco desse negócio para eu relaxar da dissertação, em vias de finalização...pois como diz a música:
"ahaha eu to rindo a tôa".

12 junho 2008

Lista da Qualis

Qualis é o resultado oficial do processo de classificação dos veículos (revistas, eventos e revistas eletrônicas) utizados pelos programas de pós-graduação para a divulgação da produção intelectual . Note que na lista da Qualis só há periódicos em que os artigos sofrem avaliação pelos pares, e portanto não é assim tão fácil publicar nos mesmos.

Você pode encontrar essa lista no site da Capes.



Escrito depois: AÊ Segundo ano que eu perco a chance de publicar um POST para minha namorada..

04 junho 2008

ANPEC agora também na ESALQ.

Caro Prof. Carlos Amorim,

Conforme a informação que passei em nossa conversa telefônica, partir deste ano nosso programa de pós-graduação em Economia (Mestrado e Doutorado), denominado PPGEA/USP-ESALQ, está fazendo parte do exame da ANPEC, sendo mais uma opção interessante para os alunos que estão fazendo os o curso preparatórios para o exame.

Site do curso: http://www.economia.esalq.usp.br/ppgea

O PPGEA recebeu o conceito 6 na última avaliação da CAPES para programas de Economia e oferece bolsas para a quase totalidade dos alunos aceitos (em torno de 20 em cada programa) no mestrado e no doutorado. A maior parte dos alunos aceitos recebe bolsa de estudos que hoje tem o valor de R$ 1200 (mestrado) e R$ 1800 (doutorado).

Gostariamos se possível de divulgar essa informação e site junto os alunos do curso preparatório da ANPEC e outros eventuais interessados ligados à Central de Ensino, caso isso seja possível.
Na próxima semana enviaremos folders e cartazes para facilitar a divulgação.

Obrigado antecipado pelo apoio.

Saudações,

Adriano Azevedo-Filho

03 junho 2008

Razões para odiar José Serra e a Folha de São Paulo.

A folha de São Paulo exibe hoje a seguinte manchete (3 de junho de 2008):

"Em SP, 15% dos usuários do SUS também pagam plano de saúde"

A matéria explica que como os planos de saúde não cobrem todos os serviços, alguns usuários acabam usando a rede do SUS. O texto acaba servindo para reforçar a velha argumentação que os planos de saúde devem ressarcir o atendimento prestado pelo SUS.
Pense por um segundo sobre isso...
É uma tremenda de uma safadeza essa idéia que quando o SUS atende alguém que paga plano de saúde, o Plano deve ser cobrado... a razão é simples.
Que acha desta manchete:

"Em SP, 100% dos usuários dos Planos de Saúde também pagam pelo SUS."

Não seria melhor? O usuário do Plano paga o plano mas também já paga o SUS. Na verdade, o que devemos discutir é porque pagar por dois sistemas... seria muito mais simples se o Brasileiro pudesse optar por pagar ou não o SUS, e escolhesse o plano que lhe conviesse. Tenho certeza que o muita gente que anda pagando o SUS descontado em folha como INSS, IR, COFINS, etc.. ia preferir não pagar esse imposto a mais.

MAS E OS PLANOS DE SAÚDE MALVADOS... ? NÃO são ELES QUE GANHAM quando o doente paga o plano e é atendido pelo SUS?
Não!!! Eles são malvados mas não são trouxas...

Se o plano tem que ressarcir o governo, repassa esse custo para o preço dos planos, e quem paga são os filiados ao plano. Chegando assim à seguinte situação:

José está doente...
José paga impostos e portanto paga o SUS. Paga também o plano porque sabe que o atendimento no SUS é trágico. Infelizmente José ficou doente em um lugar onde não tinha rede conveniada ao plano e recorreu ao SUS. O SUS portanto cobra o plano e o plano cobra todos os associados (inclusive o josé que está pagando 3 vezes pelo mesmo serviço (2 para o governo e uma para o plano).

Quem foi o político autor desta idéia que só serve para fingir uma vingança sobre os planos e para tungar o contribuinte? Será um ingênuo capiau? Será o ignorante Lula?
Bem, quem inventou essa maravilha de idéia não foi a Folha, nem um iletrado, foi o Ex-ministro da Saúde, Sr. José Serra...


E agora, José?

Saiba mais aqui:
http://www.jornaldosite.com.br/arquivo/leisaude/resolu9.htm